Repartida a sua superfície por nove ilhas diferentes, cada qual apresenta características naturais muito próprias que a distingue das restantes, mas que, no seu conjunto, se complementam e contribuem para colocar o Arquipélago num dos lugares cimeiros da escala turística nacional e mesmo internacional.
Desde a mais alta elevação de Portugal, a Montanha do Pico com 2.351m de altitude situada na ilha do mesmo nome, às costas de corte variado beijadas constantemente pelas águas azuis do oceano que as banham, as ilhas encerram dentro de si todo um conjunto de beleza e mistério que atrai e cativa quem por elas passa, mesmo o observador menos atento.
A paisagem açoriana é feita de contrastes, onde a harmonia das “terras de pão” e a agressividade das altivas montanhas atravessadas por profundos vales e ravinas que se aliam por vezes para dar lugar a cenários de rara e inesquecível beleza, onde os fenómenos de vulcanismo ainda activo nos transportam às épocas remotas das grandes erupções que deram lugar à formação das primitivas ilhas e onde a policromia da paisagem nos inebria e liberta da tensão do dia a dia.
De natureza vulcânica, excepto Santa Maria, nas ilhas é evidente a acção das grandes erupções que lhes deram origem, onde os antigos aparelhos vulcânicos apresentam muitas vezes na sua parte central caldeiras de abatimento de considerável diâmetro e profundidade, ocupadas geralmente por lagoas, constituindo assim formações de relevo de extraordinária beleza e grandiosidade, reflectidas nas suas águas.
As costas de recorte variado, ora se apresentam em extensas baías e enseadas que servem não só de abrigo à navegação marítima como também de convidativas zonas balneares, ora caem abruptamente sobre o mar em autênticos abismos, ora ainda são ornamentadas por imponentes promontórios, quais guardiões das ilhas açorianas.
Integrando todo o conjunto insular do arquipélago, numerosos pequenos ilhéus de variadas formas e tamanhos, acarinhados pelas ilhas que os acolhem, complementam a paisagem e constituem, na maioria, autênticos refúgios de colónias de aves, não só migratórias, mas também locais, que aproveitam o sossego e isolamento para aí nidificarem.