Inicialmente denominada de São Tomás ou de Santa Iria, devido à abundância de flores amarelas – cubres – que revestiam toda a ilha, esta adaptou o nome por que hoje é conhecida: Ilha das Flores. Ao fidalgo flamengo Wilhelm Van der Haegen é atribuído o início do povoamento das Flores, no ano de 1470, no Vale da Ribeira da Cruz mas o afastamento da ilha em relação às outras do arquipélago aliado à inexistência de ligações marítimas regulares que permitissem a exportação do pastel para a Flandres, levaram a que aquele fidalgo a abandonasse, indo então fixar-se em São Jorge.
Em princípios do séc. XVI, novo incremento é dado ao povoamento da ilha, cujas terras são arroteadas para a produção de trigo, cevada, milho e legumes, produtos destinados sobretudo ao consumo interno. Em 1515 o lugar das Lajes recebe o foral de vila para, em 1548, Santa Cruz receber idêntica mercê.
A ilha do Corvo conhecida anteriormente por Insula Corvi Marini, é a mais pequena do arquipélago com apenas 17 Km2 de superfície e tem vivido à base de uma agro-pastorícia com características muito próprias, que se tem mantido até aos nossos dias, embora com algumas modificações. A presença de baleeiros americanos nos mares dos Açores no final dos sécs. XVIII e XIX, foi chamariz dos corvinos que, na actividade da caça ao cachalote, foram conhecidos pela sua valentia, sendo por isso muito procurados para tripulantes de navios baleeiros. Seduzidos por melhores condições de vida, muitos desses tripulantes deixaram- se ficar por terras americanas, o que levou a que os índices de emigração de gentes do Corvo atingissem altos valores.
Hoje, a Vila Nova do Corvo, único centro urbano da ilha e sede de concelho desde 1832, alberga uma população de cerca de 400 habitantes.