Entre a Praia de Lobos e o lugar de Anjos, noroeste mariense, lugares fundacionais de Santa Maria – e daqui haveria Açores – as rochas oferecem-se a caprichos da imaginação. Aqui, já faz parte do folclore local, o desenho do nariz e do queixo da “bruxa” e, uma vez detectado o rosto, de perfil, é impossível ver outra coisa que não “a” bruxa. Nelson Moura, vigilante da natureza e nosso guia, até inventou uma história para a cache que aí deixou (é praticante de geocaching), que envolve sereias (uma bela e as irmãs feias) e os descobridores.
A natureza em Santa Maria revela-se como enciclopédia geológica natural, e no “deserto vermelho dos Açores” – nome oficial, Barreiro da Faneca – encontramos um exemplo de 835 hectares da última fase eruptiva da ilha, que se revela no solo argiloso de cor vermelha (é fácil imaginar África), que se exibe com algumas dunas, resultantes da erosão – há não muitos meses, um casal de turistas aventurou-se com um jipe pelo barreiro depois de fortes chuvadas e ficou com o carro atolado. Hoje, o solo está consistente q.b. e podemos concentrar-nos no cantar do esquivo “Estrelinha de Santa Maria”, “pássaro do tamanho de uma chave, mais leve do que um pacote de açúcar e endémico na ilha”.
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